domingo, 19 de junho de 2011

Atletas de fim de semana estão expostos a riscos cardíacos.

Cardiologista Roberto Kalil comentou o assunto no Bem Estar desta 3ª (24).

Preparador físico José Rubens D'Elia mostrou qual é a atividade ideal.

Você pensa que infarto é para quem vive estressado, na correria das cidades grandes? Ou que é um problema que só atinge quem é sedentário e nunca faz exercícios físicos? Espinosa, no Norte de Minas Gerais, tem pouco mais de 30 mil habitantes e viveu uma trágica coincidência. Em um único mês, três homens morreram do coração jogando futebol por diversão.

Para falar sobre os cuidados que o coração exige antes da atividade física, o Bem Estar desta terça-feira (24) recebeu dois consultores do programa: o cardiologista Roberto Kalil e o preparador físico José Rubens D’Elia.
A recomendação das organizações de cardiologistas da Europa e dos EUA é que todos os adultos pratiquem exercícios físicos regularmente. O ideal é fazer atividades moderadas cinco dias por semana, pelo menos meia hora por vez, ou atividades mais intensas três vezes por semana, durante 20 minutos no mínimo.

De toda forma, é sempre bom ir ao médico antes de começar a prática de esportes, principalmente quando se tem uma rotina sedentária. Os exames que o médico deve fazer são simples e estão descritos no quadro acima.

A partir dos 40 anos, o correto é fazer exames anualmente para checar os níveis de colesterol e glicemia no sangue. O eletrocardiograma, que avalia o funcionamento do coração com sensores sobre a pele, também é recomendado.
A principal causa de morte súbita cardíaca durante a prática de esportes é uma doença causada arteriosclerose, que se trata de um acúmulo de gordura nas artérias. O problema, que ocorre em 90% dos casos, interrompe o fluxo de sangue e deixa o coração sem a energia necessária.
Outra causa para um mal súbito pode ser a má-formação do coração. Há o que os médicos chamam de hipertrofia, quando o músculo cardíaco cresce mais que o normal. Isso causa arritmia - o coração bate fora do ritmo - e aumenta o risco de uma parada.
Existe, ainda, uma doença que não atinge o coração, mas a artéria aorta, que é a principal via de distribuição de sangue para o corpo, pois sai direto do coração. Nessa doença, a aorta fica mais estreita e circula menos sangue. Durante uma atividade física, isso pode sobrecarregar o coração e levar ao infarto.
Atividade correta
De um modo geral, o melhor a fazer é respeitar os limites do corpo. A maneira mais fácil de ver se a atividade está forçando exageradamente é pela respiração. Quanto mais ofegante fica a pessoa, maior risco ela corre.
Contar os batimentos cardíacos também ajuda. Há pontos do corpo em que é possível senti-los, como o pulso e as têmporas. Com um aparelho chamado frequencímetro, a medição se torna mais precisa.
Quando o objetivo é apenas queimar gordura, sem forçar demais, o ideal é manter a frequência do coração em entre 60% e 75% da capacidade máxima. Nas tabelas abaixo, você confere qual é a medida certa para você, de acordo com sexo e idade, em batimentos por minuto.
Homens

Idade  Frequência cardíaca ideal
20      120-150 bpm
25      117-146 bpm
30      114-142 bpm
35      111-138 bpm
40      108-135 bpm
45      105-131 bpm
50      102-127 bpm
55      99-123 bpm
60      96-120 bpm
65      93-116 bpm
70      90-112 bpm
75      87-108 bpm
80      84-105 bpm
Materia: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/05/atletas-de-fim-de-semana-estao-expostos-riscos-cardiacos.html

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