terça-feira, 5 de abril de 2011

Fratura por Estresse do Pé.

As fraturas por estresse, as quais são pequenas fissuras causadas por impactos repetidos, ocorrem comumente nos ossos da parte intermediária do pé – os metatarsais. Visão Superior.
Fraturas por estresse (ou de esforço ou por sobrecarga) são pequenas fissuras ósseas que ocorrem freqüentemente em decorrência de um impacto excessivo e crônico. Nos corredores, os ossos da parte média do pé (metatarsais) apresentam uma tendência especial a esse tipo de fratura. Os ossos que apresentam maior probabilidade de fratura são os metatarsais dos três dedos médios. O osso metatarsal do hálux é relativamente imune à lesão, devido à sua força e ao seu tamanho, e o osso metatarsal do dedo mínimo do pé habitualmente fica protegido, pois a maior força de impulsão é exercida pelo hálux e pelo dedo adjacente (segundo pododáctilo).



Os fatores de risco das fraturas por estresse do pé incluem os arcos acentuados, os calçados de corrida com mecanismo de absorção de choque inadequado e o aumento súbito da intensidade ou do tempo do exercício. As mulheres na pós-menopausa podem ser particularmente sensíveis às fraturas por estresse devido à osteoporose. O principal sintoma é a dor na parte anterior do pé, geralmente durante uma série longa ou intensa de exercícios. Inicialmente, a dor desaparece alguns segundos após a interrupção do exercício. Contudo, caso o programa de exercícios seja continuado, a dor retorna mais precocemente durante o treinamento e dura mais tempo após o indivíduo parar de se exercitar.


Finalmente, a dor intensa pode impossibilitar a corrida e persistir mesmo durante o repouso. A área em torno da fratura pode tornar-se edemaciada. O médico pode freqüentemente estabelecer o diagnóstico baseando-se na história dos sintomas e no exame do pé. O local fraturado dói à palpação. As fraturas por estresse são tão delicadas que é comum não serem detectadas imediatamente nas radiografias. No entanto, elas podem detectar o calo ósseo que se forma em torno do osso fraturado duas a três semanas após a lesão, à medida que o osso cicatriza.


A cintilografia óssea pode confirmar o diagnóstico mais precocemente, mas esse procedimento raramente é necessário. O indivíduo não deve correr até tenha ocorrido a consolidação da fratura por estresse, mas lhe é permitido praticar atividades esportivas substitutas. Após a consolidação, a recorrência do quadro pode ser evitada com o uso de calçados esportivos com suportes adequados com boa absorção de impacto e da prática de corrida sobre grama ou outras superfícies macias.


O uso de aparelho gessado raramente é necessário. Quando utilizado, o aparelho é removido após uma ou duas semanas, para evitar o enfraquecimento da musculatura. O processo de cura geralmente leva de três a doze semanas, mas pode levar mais tempo nos indivíduos idosos ou enfermos.

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