domingo, 26 de junho de 2011

Resultado da sexta rodada do Brasileirão.

Bahia apronta mais uma, vence o Atlético-PR e derruba Adilson Batista
Por Fernando Freire
Tricolor, que vinha de vitória sobre o Fluminense no Engenhão, faz 2 a 0 na Arena, com gols de Marcone e Lulinha. Técnico do Furacão pede demissão
O Bahia aprontou mais uma e venceu a segunda partida seguida como visitante no Campeonato Brasileiro. Depois de bater o Fluminense no Engenhão, o Tricolor baiano fez 2 a 0 no Atlético-PR na Arena da Baixada, na noite deste sábado, pela sexta rodada. Marcone e Lulinha marcaram os gols, ambos no segundo tempo.

Após a partida, em entrevista coletiva, o técnico Adilson Batista pediu demissão. Ele deixa o Atlético-PR em penúltimo lugar, com apenas um ponto e um gol marcado em seis rodadas. Se o Avaí conseguir ao menos um empate em casa diante do Fluminense neste domingo, jogará os paranaenses para a lanterna. Já o Bahia chega aos oito pontos e sobe para a nona posição.
Marcone abriu o caminho para a vitória tricolor na Arena da Baixada (Foto: Geraldo Bubniak / Agância Estado)
Os times voltam a campo no meio da semana para a sétima rodada. O Atlético-PR visita o Fluminense, às 21h de quinta-feira, no Engenhão. O Bahia, na quarta-feira, às 21h50m, recebe o Corinthians, no Pituaçu.Forte marcação na etapa inicial
O Atlético-PR entrou em campo com três zagueiros, no esquema que variava do 3-5-2 com a bola para o 4-4-2 sem a bola. Manoel, pela direita, era o responsável por parar Jobson. Rafael Santos e Fabrício se revezavam na marcação a Júnior. O Rubro-Negro demorou para se acertar no novo esquema. No primeiro minuto, o camisa 99 tricolor quase se aproveitou disso, mas bateu por cima.
O Bahia marcava forte no meio-campo, com três volantes, e na saída de bola do Furacão. Isso levava os zagueiros atleticanos a tentar a ligação direta para o ataque, sem sucesso. Até os 20 minutos, por exemplo, os paranaenses já tinham errado nove passes - o dobro do Tricolor, com quatro.
A partir dos 25, o Atlético-PR melhorou. A defesa acertou a marcação, e o meio-campo apareceu e passou a criar boas oportunidades. Numa delas, Madson e Paulo Baier tabelaram na entrada da área. O Baixinho cruzou, mas o camisa 10 bateu por cima. Com o domínio da partida, o Furacão teve duas chances claras com Paulo Baier, em cobranças de falta. Na primeira, a bola foi no travessão. Na segunda, o goleiro Marcelo Lomba fez difícil defesa.

Estrelas de Joel e Montillo brilham, e Cruzeiro vence primeira no Brasileiro

Por Fernando Martins Y Miguel
Com dois gols de Montillo e boa atuação do reserva Dudu, time mineiro derrota o Coritiba por 2 a 1 na estreia do seu técnico.
Não foi com aquele futebol que encantou o Brasil que o Cruzeiro venceu a primeira no Campeonato Brasileiro. Entretanto, na base da raça e da vontade, o time comandado pelo estreante Joel Santana fez 2 a 1 no Coritiba, na Arena do Jacaré, e deixou a zona de rebaixamento. Com seis pontos, está em 14º lugar, enquanto os paranaenses entram no Z-4, em 17º, com quatro pontos.

Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, a Raposa voltou do intervalo com disposição, e em duas jogadas de Dudu, Montillo marcou. Na primeira, o meia de 19 anos sofreu o pênalti convertido pelo argentino. Na segunda, ele foi ao fundo e cruzou para o camisa 10 completar. Marcos Aurélio até que deu trabalho e descontou para os visitantes, num chute cruzado, mas não conseguiu evitar o tropeço dos paranaenses.
O Cruzeiro volta a campo na próxima quarta-feira, em São Januário, onde encara o Vasco, às 19h30m (de Brasília). Já o Coritiba recebe o Ceará um dia depois, no mesmo horário.
Supremacia da marcação
Ao som do funk "Uh, papai chegou", a torcida do Cruzeiro saudou o carioca Joel Santana como o novo treinador celeste. Em sua estreia no comando da equipe, Joel mudou pouco o time treinado por Cuca, seu antecessor. Com Marquinhos Paraná na lateral direita, Diego Renan na esquerda e Everton no meio-campo, a Raposa começou a partida em busca do gol. Mas o Coxa mostrou que chegar à decisão da Copa do Brasil não foi obra do acaso e imprimiu uma marcação forte aos donos da casa.
O Cruzeiro tentava armar as jogadas, mas Montillo era bem anulado pelo meio-campo paranaense. Wallyson buscava se alternar no ataque, ora pela direita, ora pela esquerda, sem conseguir sucesso. Com a marcação prevalecendo, o futebol das duas equipes foi condizente com a posição na tabela de classificação. A torcida cruzeirense pediu raça enquanto os jogadores desciam para o vestiário.
D. Renan não foi brilhante em sua volta, mas ajudou o Cruzeiro a vencer (Foto: Washington Alves/Vipcomm)
Montillo volta a ser Montillo
Com Dudu na vaga de Henrique, que deixou o campo ainda no primeiro tempo por conta de uma bolada no punho direito, o Cruzeiro começou a mudar a história do jogo. O meia foi derrubado na área por Eltinho, e o árbitro assinalou pênalti, convertido por Montillo aos sete minutos. O gol deu ânimo ao jogo, deixando a segunda etapa mais emocionante.
Em desvantagem no placar, o time de Marcelo Oliveira foi em busca do empate, mas de maneira desordenada. Marcos Aurélio perdeu um gol incrível ao chutar em cima de Fábio, na pequena área. No rebote, a bola ficou parada na frente do gol, mas, caído, o atacante não conseguiu o arremate.
Porém, num rápido contra-ataque, o mesmo Marcos Aurélio recebeu de Rafinha, livre, e chutou cruzado, sem chances para o goleiro Fábio. Silêncio na Arena do Jacaré. Joel Santana se revoltou à beira do gramado, e algumas vaias começaram a ser ouvidas.
Mas a noite era de Dudu. O meia deu bela assistência para Montillo, que apenas teve o trabalho de empurrar para a rede e voltar a colocar o Cruzeiro na frente. Alívio de Joel e dos torcedores. Logo na sequência do gol, o técnico mandou a campo o volante Leandro Guerreiro no lugar de Wallyson. A partir daí, o Coxa foi para cima com tudo, e na base do chutão e da disposição o Cruzeiro segurou o resultado.
Papai Joel mostrou que tem estrela e conquistou os três pontos para a Raposa em sua estreia na competição. E a torcida demonstrou reconhecimento gritando o nome do treinador no final da partida.

Paraná Clube vence o Icasa na Vila e assume a liderança da Série B
Por Fernando Freire
Tricolor torce contra Ponte Preta e Portuguesa, que jogam sábado, para seguir na ponta. Lima e Jefferson Maranhão fazem os gols
O Paraná venceu o Icasa por 2 a 0 na noite desta sexta-feira, na Vila Capanema, e assumiu a liderança - pelo menos provisória - da Série B do Campeonato Brasileiro. Lima e Jefferson Maranhão fizeram os gols do Tricolor que, no sábado, torcerá contra Ponte Preta e Portuguesa. Se ambos não vencerem, os paranaenses seguem na ponta.
O jogo desta sexta-feira foi marcado pela superioridade tricolor, que dominou o primeiro tempo e boa parte do segundo. A equipe de Roberto Fonseca tocava bem a bola e abriu a vantagem na etapa inicial. O Icasa voltou melhor no segundo tempo e teve boas chances para descontar, mas as desperdiçou.
Na próxima rodada, o Paraná visita o Vitória, às 21h50m de terça-feira, dia 28, no Estádio do Barradão. No mesmo dia e horário, o Icasa recebe o ASA no Romeirão.
Paraná domina e sai na frente.
O primeiro tempo foi de total domínio do Paraná Clube, que tocava bem a bola e assustava o goleiro Marcelo Pitol com cruzamentos para a área. A pressão era tão grande que o gol saiu logo aos16 minutos. O lateral-esquerdo Lima aproveitou falha da defesa do Icasa e chutou cruzado. O goleiro da equipe cearense ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.
Mesmo com a vantagem no placar, o Paraná seguiu melhor. O volante Cambará, estreante da noite, ameaçou em duas oportunidades. Na primeira, em chute da entrada da área. Na segunda, de dentro, após rebote da defesa adversária. As duas finalizações foram para fora. O zagueiro Amarildo, de cabeça, também assustou Marcelo Pitol. A superioridade tricolor era tão grande que os atacantes do Icasa, Fábio Lopes e Ribinha, praticamente não tocaram na bola na etapa inicial.
Quando o ritmo do jogo caiu e o placar parecia que não mudaria antes do intervalo, o meia Wellington ajeitou para o atacante Jeffferson Maranhão, que bateu rasteiro, no canto do goleiro. Paraná 2 a 0.
Lima comemora primeiro gol do Paraná Clube. Jefferson Maranhão fez o outro (Foto: Ag. Lance)
Icasa equilibra o jogo, mas não marca O segundo tempo começou bem diferente do primeiro. O Icasa, que na etapa inicial não ameaçou o gol de Zé Carlos, quase descontou aos dois minutos, quando, após cruzamento da esquerda, Fábio Lopes desperdiçou ótima oportunidade. O lance era um sinal do que seriam os primeiros minutos. Com boa troca de passes e velocidade, o time cearense era mais perigoso e, em alguns momentos, chegou a dominar a partida.
O técnico Roberto Fonseca percebeu a superioridade adversária e mudou. Ele tirou Jéfferson Maranhão, com dores no estômago, e Cambará, cansado, para as entradas de Diego e Luiz Camargo. O Paraná cresceu. Aos 25, o lateral Júlio César bateu de esquerda - a perna "ruim" - e acertou o travessão.
O embalo do Icasa acabou. O Paraná controlava a partida, trocava passes no ataque e, quando o adversário ameaçava, a defesa tricolor levava a melhor. Os últimos 20 minutos foram marcados por tentativas frustradas da equipe cearense de descontar. Melhor para o Tricolor, que dorme na liderança da Série B.

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